2 de Junho
14:30 | Palestra A importância da transmissão de princípios sólidos de dedilhação nas diferentes fases do ensino do piano, Prof. Doutor Luís Pipa | Conservatório Regional de Artes do Montijo
Natural da Figueira da Foz, Portugal, Luís Pipa (PhD Leeds, MMus Reading), estudou também nos Conservatórios de Braga e Porto e na Hochschule de Viena. Como pianista estreou inúmeras obras, tendo também composto para piano e música de câmara. É regularmente convidado a dar Master Classes e a integrar júris de diferentes concursos musicais. Gravou diversos CDs, incluindo repertório de Bach ao século XX. Uma crítica do Piano Journal considera o seu CD Portugal “notável e original”, afirmando que a sua Suite Portugal irá deixar a sua marca em futuras antologias de música portuguesa, definindo-o também como “um pianista de grande profundidade, robustez e nobreza”. Atualmente é Presidente da EPTA Portugal, e professor de piano e música de câmara da Universidade do Minho, integrando o núcleo de investigação em música do Centro de Estudos Humanísticos (GIARTES / CEHUM) da mesma universidade. As suas últimas gravações incluem um CD duplo com obras para piano de Mozart (Tradisom, 2018), um CD com música para piano de Vianna da Motta (Toccata Classics, 2018), um CD duplo com sonatinas para piano de Clementi, Beethoven, Dussek e Reinecke (Tradisom, 2019), um CD com música para piano de Phillip Scharwenka (Toccata Classics, 2020), um CD com música para piano de Óscar da Silva (Toccata Classics, 2020), e o CD Revisiting Beethoven com as sonatas para piano op. 7 e 31 nº 2 (Tradisom, 2020), editado com o apoio da Fundação GDA por ocasião dos 250 anos do compositor.
3 JUNHO
12-13h | Fórum Alcochete | REM Talk ESART A formação vocacional dos músicos em Portugal: Um desafio histórico Prof. Doutor Rui Vieira Nery
entrada livre
Rui Vieira Nery nasceu em Lisboa em 1957 e iniciou os seus estudos musicais na Academia de Música de Santa Cecília, prosseguindo-os no Conservatório Nacional de Lisboa. Licenciado em História pela Faculdade de Letras de Lisboa (1980), doutorou-se em Musicologia pela Universidade do Texas em Austin (1990), que frequentou como Fulbright Scholar e bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Professor Associado da Universidade Nova de Lisboa, orientou um vasto número de mestrados e doutoramentos em universidades portuguesas, espanholas e francesas. É investigador do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança e do Centro de Estudos de Teatro. Na Fundação Calouste Gulbenkian foi Diretor-Adjunto do Serviço de Música (1992-2008) e Diretor do Programa Gulbenkian Educação para a Cultura (2008-2012), e é presentemente Diretor do Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas (desde 2012). Como musicólogo e historiador cultural, é autor de diversos estudos sobre História da Música Portuguesa, dois dos quais receberam o Prémio de Ensaísmo Musical do Conselho Português da Música (1984 e 1991), bem como de largo número de artigos científicos publicados em revistas e obras coletivas especializadas, tanto portuguesas como internacionais. Exerce também uma atividade intensa como conferencista, no plano nacional como em vários países da Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. Os seus temas de investigação incluem a problemática do Maneirismo e do Barroco na Música ibérica e os processos de interpenetração cultural na Música portuguesa, do Vilancico à Modinha e ao Fado, bem as Políticas Culturais e a Gestão de Organizações da Cultura.
04 Junho
10h – 13h – Fórum Alcochete | Vera Fonte – Workshop A arte de memorizar música
Vera Fonte é Licenciada em Piano e Mestre em Ensino de Música pela Universidade do Minho, onde estudou com o pianista Luís Pipa. Concluiu recentemente o seu Doutoramento no Royal College of Music, em Londres, onde desenvolveu investigação em memorização musical e onde contactou com pianistas como Andrew Zolinsky. Durante os seus estudos em Londres foi financiada pelas bolsas Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), MacFazdean Whyte Award e Barry Shaw Award (financiadas pelo Royal College of Music). Ao longo dos seus estudos de doutoramento em Londres colaborou ainda em projetos de investigação como “Listening Experience Database” e “In-sync”. De 2015 a 2018 trabalhou como Professora Assistente no Royal College of Music e tem sido convidada a realizar palestras e workshops em instituições como o Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance, Guildhauld School of Music and Drama, Morley College (Londres) e Universidade Nova de Lisboa.
5 Junho
Workshop “Emoções musicais: um desafio no ensino da música” – Luísa Tender | 17h30m-18h30m
Luísa Tender – Pianista
Luísa Tender nasceu no Porto, cidade onde estudou piano com Anne-Marie Mennet, Pedro Burmester e Helena Sá e Costa. Entre 1997 e 2000, foi aluna de Vitalij Margulis em Los Angeles; e posteriormente de Irina Zariskaya, no Royal College of Music em Londres, onde obteve o grau de Master of Music. Foi também aluna de Marian Rybicki e recebeu o Diplôme Supérieur d’Exécution em piano na École Normale de Musique de Paris. É doutorada em Ciências Musicais, na especialidade de Ensino e Psicologia da Música, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Universidade Nova de Lisboa).
O seu primeiro CD (Bach and Forward, edição de autor, Londres 2009), que inclui obras de J. S. Bach, F. Schubert e C. Debussy, foi “Escolha do Mês” na revista britânica Classical Music. O seu segundo trabalho discográfico, Página Esquecida, um CD duplo com obras portuguesas para violoncelo e piano, com Bruno Borralhinho (Dreyer & Gaido, Berlim, 2009), recebeu também os melhores elogios em publicações da área da Música (Fanfare, Strings Magazine, Das Orchester, entre outras). Gravou a integral das sonatas para piano de J. D. Bomtempo (Naxos Grand Piano, 2019), edição que teve grande destaque na imprensa internacional especializada (Ritmo, Music Web International, Stretto, Musikalifeiten). A Revista espanhola Ritmo dedicou-lhe um longo artigo intitulado “Tiempo para Bomtempo – Luísa Tender”. Publicou ainda, em coautoria com Manuel Pedro Ferreira, um álbum didático multimédia intitulado O pescador de sons (Lisboa, CESEM, 2019). A propósito de um dos seus concertos, o London Independent descreveu- a como “a natural Beethovenian”.